O DEVEDOR DA HISTÓRIA... VOCÊ E EU...

25/06/2018 00:00

"Por isso, o Reino dos céus é como um rei que desejava acertar contas com seus servos.” Mateus 18:23.

Quer dar uma chance a cada dia? Jesus diz: Dê a graça que você recebeu!

Quando começou o acerto, foi trazido à sua presença um que lhe devia uma enorme quantidade de prata. Como não tinha condições de pagar, o senhor ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que ele possuía fossem vendidos para pagar a dívida (Mateus 18:23-25). Um débito enorme. Algumas traduções mais literais dizem que o servo devia dez mil talentos. Um talento era o mesmo que seis mil denários. Um denário era igual a um dia de trabalho (Mateus 20:2). 

 

Dez mil talentos representariam sessenta milhões de dias ou duzentos e quarenta mil anos de trabalho. Se uma pessoa ganhasse cem dólares por dia, teria seis bilhões de dólares. Que quantia astronômica! Jesus está exagerando, não é mesmo? Ele exagera para passar uma mensagem. Ou será que não exagera? Uma pessoa jamais deveria tal quantia para outra. Mas será que Jesus não estaria se referindo ao débito que temos com Deus? Calculemos nosso débito com ele. Quantas vezes você peca, digamos, em uma hora? Pecar é destituir-se da glória de Deus (Romanos 3:23).

 

A preocupação é destituída de fé. A impaciência é destituída de gentileza. O espírito crítico é destituído de amor. Quantas vezes você está destituído de Deus? Só para ter uma idéia, digamos que seja dez vezes por hora e vejamos os resultados. Dez pecados por hora vezes às dezesseis horas em que estamos acordados (partindo do princípio de que não pecamos enquanto dormimos), vezes 365 dias em um ano, vezes a expectativa de vida média de um homem de setenta e quatro anos. Arredondando, dá um total de 4.300.000 pecados por pessoa. Diga-me, como você pretende pagar a Deus pelos seus 4,3 milhões de pecados?

 

Essa quantia é astronômica. Você nada em um oceano de dívidas do tamanho do Pacífico. Exatamente o que Jesus queria dizer. O devedor da história? Você e eu. O rei? Deus. Veja o que Deus faz. Como [o servo] não tinha condições de pagar, o senhor ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que ele possuía fossem vendidos pagar a dívida.

 

O servo prostrou-se diante dele e lhe implorou: 'Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo'. O senhor daquele servo teve compaixão dele, cancelou a dívida e o deixou ir (Mateus 18:25-27). Mas quando aquele servo saiu, encontrou um de seus conservos, que lhe devia cem denários. Agarrou-o e começou a sufocá-lo, dizendo: "Pague-me o que me deve!" Então o seu conservo caiu de joelhos e implorou-lhe: "Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei". Mas ele não quis. Antes, saiu e mandou lançá-lo na prisão, até que pagasse a dívida (Mateus 18:28-30). 

 

O servo perdoado pode perdoar um débito pequeno, não pode? Esse não perdoou. Note, ele não pode esperar. Ele se recusa a perdoar. Ele poderia. Ele deveria. O perdoado deve perdoar. Isso nos faz pensar, será que esse servo realmente aceitou o perdão do rei? Tem alguma coisa faltando nessa história. Gratidão. Claramente, o que falta na parábola é a alegria do servo perdoado. Como os nove leprosos ingratos que lemos no último capítulo, esse homem nunca agradeceu ao rei. Ele não oferece palavras de apreciação, canções de celebração. Sua vida foi poupada, sua família libertada, a sentença suspensa, o débito astronômico esquecido — e ele não diz nada.

 

Comentário do Autor:sua foto do perfil, A imagem pode conter: Charles Bernardes, close-up 

Esse homem ama pouco, aparentemente, porque tinha recebido pouca graça. Sabe quem eu acho que esse camarada? Alguém que sempre rejeita as graças. Ele nunca aceita a graça do rei. Ele deixa a sala do trono com um sorriso fingido, como uma pessoa que acabou de desviar de uma bala perdida, achou uma brecha, dobrou o sistema, enganou alguém. Escapou de um problema. Ele traz a marca dos não perdoados — se recusa a perdoar. Quando o rei descobre que o coração do servo é mesquinho, ele dá um murro na coroa de raiva. 

Somos deixados a ponderar sobre os princípios da história. E o maior deles vem rapidamente. Os que recebem graças dão graças a seus irmãos. Pessoas perdoadas perdoam. Os que receberam misericórdia são misericordiosos. "Ou será que você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento?" (Romanos 2:4).
Assim disse o Rei... Você não devia ter tido misericórdia do seu conservo como eu tive de você? Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão (Mateus 18:32-35).

 

Palavra para Meditação: Mateus 18.

Com Carinho e Orações,

Charles Bernardes >>> Meditando COM DEUS

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