UMA MÃO PATERNAL!
“E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus.Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me! E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste?”Mateus 29-31
Por vezes, o cristão deixa de olhar para Jesus e fixa os olhos em coisas que o põem em perigo de “perder o pé” na sua vida de relação com Deus e de afundar‑se, se não reage com rapidez. Quando alguém começa a não enxergar os valores da fé ou a vocação recebida de Deus, “deve examinar‑se com lealdade. Não tardará a descobrir que a sua vida cristã vem sofrendo há algum tempo um relaxamento, que a sua oração tem sido menos frequente e menos atenta, que tem sido menos severo consigo mesmo. Não terá reincidido porventura nalgum pecado cuja gravidade pretende conscientemente dissimular? Certamente não reprime com a mesma energia as suas paixões ou até cede complacentemente a algumas. Um ressentimento permanente contra outra pessoa, um assunto econômico em que a sua honestidade não é completa, uma amizade excessivamente absorvente, ou simplesmente o despertar dos instintos que não são dominados com rapidez... Um só destes fatores é suficiente para que surjam nuvens entre Deus e nós. Então a fé se obscurece” Corre‑se nessa altura o perigo de atribuir essa situação às circunstâncias externas, quando o mal está no nosso coração.
Para voltar à superfície, Pedro teve que segurar a mão forte do Senhor, seu Amigo e seu Deus. Não era muito, mas era o esforço que Deus lhe pedia; é a colaboração da boa vontade que o Senhor sempre nos pede. “Quando Deus Nosso Senhor concede a sua graça aos homens, quando os chama com uma vocação específica, é como se lhes estendesse a mão, uma mão paternal, cheia de fortaleza, repleta, sobretudo de amor, porque nos busca um por um, como a seus filhos e filhas, e porque conhece a nossa debilidade. O Senhor espera que façamos o esforço de agarrar a sua mão, essa mão que nos estende. Deus pede‑nos um esforço, que será prova da nossa liberdade.”
Esse pequeno esforço que o Senhor pede aos seus discípulos de todos os tempos para tirá‑los de uma má situação pode ser muito diverso: intensificar a oração; cortar decididamente com uma ocasião próxima de pecar; obedecer com prontidão e docilidade de coração aos conselhos recebidos na confissão e na conversa com o diretor espiritual... Não nos esqueçamos nunca da advertência na palavra de Deus:
“Quando falta a nossa cooperação, cessa também a ajuda divina”.
Ainda que seja o Senhor quem nos tira da água.
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MEDITANDO COM DEUS