“(Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação).” II Coríntios 6:2.
Querido Irmão e Amigo, tente imaginar como foi o pior momento da história da raça humana. Adão e sua esposa, Eva, em pé, diante do maravilhoso Jardim do Éden. Banidos. Um anjo com uma espada flamejante garantindo que jamais desfrutassem novamente das caminhadas e conversas com Deus, da terra sem espinhos ou do delicioso fruto da árvore da vida. Privados para sempre das agradáveis sensações de alegria e segurança que haviam sentido no Jardim do Éden. Em lugar destes sentimentos, Adão e Eva eram agora perseguidos por terríveis lembranças de culpa, medo e vergonha.
Por um simples ato de rebeldia contra Deus, Adão e Eva declararam sua independência. Fizeram muito mais do que simplesmente comer um pedaço do fruto proibido. Num nível mais profundo, eles afrontaram a clara ordem dada por seu Criador. Deram ouvidos à sedutora voz do tentador e sucumbiram em seu próprio orgulho. Desafiaram abertamente o direito que o Todo-Poderoso Deus tinha de guiar e dirigir suas vidas, exercendo poder e autoridade sobre suas próprias vidas.
As consequências de tão deplorável decisão foram catastróficas: maldição, morte, tristeza e uma vida de dor e arrependimento, não apenas para eles, mas para todos os seus descendentes. De certo, Adão e Eva deram ainda uma última olhada para o Jardim e, então, seguiram em frente. Será que estavam calados? Quem falou primeiro? Será que culparam um ao outro? Ou será que caíram nos braços um do outro?
Ao refletirem sobre os terríveis e últimos momentos no Jardim, talvez eles tenham pensado na tristeza da voz de Deus ao perguntar: "onde estás?" A maldição sobre a serpente (o diabo) também deve ter ecoado em seus ouvidos. De acordo com o que Deus dissera, a serpente ainda causaria mais dor e sofrimento à raça humana, mas, no final, seria esmagada pela descendência de Eva. Havia um pequeno raio de esperança, uma pequena luz de uma promessa de que o paraíso não ficaria perdido para sempre, uma promessa de um libertador e salvador (cumprida em Jesus Cristo).
Talvez eles tenham se lembrado de como o Senhor graciosamente lhes providenciara agasalho pouco antes da sua partida - uma amostra do amor e da misericórdia de Deus. Devem ter logo percebido que a perda ocorrida no Éden era tanto deles como de Deus. Quanto mais refletissem, mais ficariam convencidos de que Deus queria restaurá-los para si. A longa espera pela salvação prometida por Deus havia começado.
